terça-feira, 31 de julho de 2012

Voltar a Paris

Entre muitas motivações, a gente escolhe a cota que nos cabe para desembarcar em Paris pela primeira vez.  Realizar um sonho que tem como cenário a cidade inteira, satisfazer uma curiosidade sem traços definidos, adquirir objetos de desejo, expor-se  a impactos culturais e comportamentais, experimentar  aquele prato naquele restaurante, poder dizer “eu já estive lá”, cumprir uma etapa da viagem que se estende por vários lugares  –  ou tudo isso misturado.
Voltar a Paris é partir em busca de si mesmo. Não importa que entre uma viagem e outra você e a cidade tenham mudado nisso ou naquilo. Há  sempre por fazer algo que faltou, permanecem as doces ou excitantes lembranças que impelem à repetição com a sabedoria adquirida, algo aconteceu de novo que você quer conferir de perto. Ou, simplesmente, você não resiste à tentação poética/patética de dobrar uma certa esquina e encontrar, intacto, o  momento, a descoberta, o enlevo, a comunhão que sabe sem retorno.
O melhor de tudo é que a primeira volta não cura. Vicia. Torna-nos  um pouco fiscais ranzinzas e  guardiães zelosos de paisagens físicas e humanas. Irrita-nos encontrar mais uma loja cintilante  do “Macdô” ocupando o espaço da  papelaria quase centenária, de fachada tão desbotada quanto a velhinha de xale atrás do balcão. Parece que ninguém mais manda cartas e as velhinhas trajam Adidas. Encanta-nos a proliferação de riquixás,  permitindo-nos trafegar com calma e correção ambiental, enquanto alguém pedala por nós. Diverte-nos a mudança de idiomas e tonalidades dos turistas, conforme a crise da vez. Na mídia, já não levamos muito a sério os  cartesianíssimos  debates, em que mudam apenas os vilões de cada discurso e os perigos de cada momento. De parte a parte, os argumentos podem ser idiotas, mas a gramática é impecável. Em compensação, somos acolhidos por exposições,  espetáculos e acontecimentos  que, por si,  já valeriam a viagem.
É nesse ponto que você cede à ilusão de que já faz parte de tudo isso.  De repente, a campainha da vida toca e termina o recreio. Que pena e que bom. Que pena devolver as roupas aos armários de casa, que bom as malas terem voltado em bom estado, para encherem-se novamente de saudades, projetos e emoções.  Você pode até fingir que não pensa na próxima vez. Até achar no bolso do casaco um bilhete esquecido de metrô.

Nota da AB:
Copiei este texto do site Conexão Paris pois reflete fielmente meu sentimento em relação àquela cidade emblemática pelos mais variados motivos. Sei que muitos vão concordar comigo. Outros vão me chamar de arrogante. Que que eu posso fazer se fui contagiada por esta dócil doença chamada Paris?
AB

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mont Saint Michel

Esta foto é o papel de parede do meu computador de mesa, tamanho é o meu fascínio por este lugar mágico: Mont Saint Michel, na região da Normandia, noroeste da França. Aqui o site oficial de lá.
Chegamos lá de carro, provenientes de Saint-Malo, na Bretanha, outra grande descoberta da qual falarei em outro post.
Olhando de longe parece um castelo murado, mas na verdade o Mont Saint Michel abriga uma bela abadia medieval construída em homenagem ao arcanjo São Miguel, entre os séculos 11 e 16, em estilo gótico francês. Originalmente o local era uma pequena ilha na foz do rio Couesnon, com acesso apenas na maré baixa. No fim do século 19 foi construído um acesso permanente. É um dos destinos turísticos mais procurados na França. A maioria dos visitantes vem de Paris em ônibus lotados para estadia de poucas horas.
maré baixa
maré alta
Quando chegamos, estacionamos o carro ao lado do acesso, numa área que é inundada pela maré alta. Calma, não fizemos isso como turistas desavisados. Há muitas placas alertando sobre o fato e informando o horário da próxima maré alta. No horário que estacionamos, era permitido e seguro. Seguimos a pé para cruzar o portão de acesso. Logo na entrada da ilha, acertamos o hotel para um pernoite, mas o quarto só estaria disponível após as 14 h. Infelizmente não registrei o nome do hotel, mas há vários intramuros, todos pequenos e com poucos quartos. Há mais opcões no continente, inclusive hotéis de redes internacionais.
Informação importante: na hora que o hóspede faz o check in, é indagado se tem veículo. Em caso positivo, o hotel fornece a chave que libera o dispositivo que protege as vagas destinadas a cada estabelecimento intramuros. Estas vagas ficam no acesso ao monte, sem perigo de inundação. Não é genial? Olha a foto:
Quando entramos no monte, a primeira visão é de uma ruela cheia de lojinhas caça-turistas.
rua principal
Seguimos adiante em direção à abadia. Vou abrir parênteses: eu me nego a pagar qualquer valor para entrar numa igreja, qualquer que seja a religião. As casas de Deus devem ser abertas ao povo. Se quiser contribuir para a manutenção, quero o direito de fazê-lo espontaneamente e não compulsoriamente. Pois bem, o acesso à abadia para simples visitação era cobrado! Mas se a pessoa quisesse assitir à missa do meio-dia o acesso era livre. Fomos nessa opção e para nossa surpresa os funcionários fecham (fecham mesmo!) a porta da igreja com todo mundo lá dentro e só abrem ao fim da missa. Valeu muito a pena! Quem me conhece sabe que não sou carola de igreja, mas foi muito emocionante assitir à missa em francês, sem entender completamente o idioma, mas sabendo do que se tratava cada passo do ritual. O interior da abadia é bastante austero, quase sem decoração, mas com uma iluminação natural fantástica, dada a localização no topo do monte.
Finda a missa, a porta aberta, pudemos fazer a visitação gratuitamente. Aí sim se vê a beleza do lugar, com jardins muito bem cuidados e vistas panorâmicas de tirar o fôlego.
jardim interno da abadia
No fim da tarde a turba turística se retira, as lojinhas são fechadas e a cidadela retoma o peculiar ar bucólico. Pudemos então passear tranquilamente pelas ruelas vazias, apreciando a vista que se tem de cima das muralhas ao redor do monte. O clima fica meio triste, mas adequado ao local. Pretendo um dia voltar lá.
Alguns amigos que visitaram o monte em outra ocasião, preferiram se hospedar no continente e disseram que a visão noturna do local iluminado é maravilhosa.
Na manhã seguinte, hora de seguir viagem em direção a Bruges, na Bélgica, passando por Honfleur para almoço e pela bela Ponte da Normandia, sobre o Rio Sena.
Este carro azul era o nosso. Olhem os carneirinhos da Normandia!
Au revoir, Mont Saint Michel.
AB

domingo, 29 de julho de 2012

Fotos bacanas, ideias geniais

Vi estas fotos no site All we like. Olhem quanta criatividade! Espero que gostem.
Bom domingo!
AB

Tudo se transforma
25/07/12

Em tempos em que mais do que nunca devemos reduzir, reciclar, reutilizar e repensar, dê uma olhada nesses objetos que foram reutilizados de maneiras super criativas, dando um uso novo e inteligente ao que poderia estar encostado, sem função, ou até ter se tornado lixo.

Além do mais, essa cara nova conseguiu torná-los um objeto de decoração e de desejo, daqueles que a gente fica morrendo de vontade de ter em casa!

Inspire-se:

1. Barris viraram bateria


2. Raquetes de tênis viraram espelho


3. Globo virou lustre e tigela


4. Skate virou abajur


5. Malas se transformaram em cadeiras...


... e em boombox


6. Parte de uma Vespa virou cadeira


7. Disquetes viraram capas de bloco de anotações


8. Lâmpada deu vida a plantas, se transformando em estufa


9. Tapete de ginástica/yoga virou proteção para notebook


10. Fitas cassete agora são luminárias


11. Piano agora é uma linda fonte de água



Para ver outras ideias, clique aqui.


Fotos: Reprodução

sexta-feira, 27 de julho de 2012

John Coltrane

Para embalar a sexta, o sábado, a vida...

Alguns devem conhecer ou ter ouvido falar de John Coltrane (23/09/1926 - 17/07/1967). Tenho que confessar que não me lembro quando tive o primeiro contato com sua música. Mas gostei de cara. Só tenho um CD dele, na verdade uma compilação de suas melhores gravações de músicas de amor.


A música que mais gosto é "You're a weaver of dreams", algo como "O tecedor de sonhos". Achei estas duas versões, uma com ele e outra com Esperanza Spalding.


 
A WEAVER OF DREAMS
(Victor Young / Jack Elliott)

Nat King Cole - 1952
Johnny Mathis - 1963
Carmen McRae - 1977

Also recorded by:
Kris Adams; Monty Alexander; Bob Brookmeyer; Deborah Brown;
Freddie Hubbard; Lee Konitz; Jan Lundgren Trio; Danny Moss;
Kenny Burrell; John Coltrane; Eddie Daniels; Billy Eckstine;
Bobbe Norris; Oscar Peterson: ............. and many others.


You're a weaver of dreams
You and your strange fascination
You're a weaver of dreams
You and your come-hither smile

Just to hear you speak
Can leave me weak as a babe in arms
Poor little babe in arms
Helpless before your charms

For you're a weaver of dreams
You and your lips warm and tender
Just like magic it seems
Thrilling, enchanting me too

I'm in your spell and there's no cure
I'm lost for sure
`Cause you're a weaver of dreams
And I'm in love with you.

(You're a weaver of dreams
You and your strange fascination
You're a weaver of dreams
You and your come hither smile)

I'm in your spell and there's no cure
I'm lost for sure
`Cause you're a weaver of dreams
And I'm in love with you.

(You're a weaver of dreams,
You're a weaver of dreams)

Espero que tenham gostado da sugestão.
AB

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Azul Klein

Um pouco de cultura geral. Alguém pode dizer que é futilidade, mas faz parte do glossário da indústria da moda. Quando vocês ouvirem um vendedor falar em azul Klein, vão saber a origem do nome. Surpresa para quem pensava que esta cor se chama azul BIC (marca de caneta esferográfica).
Do site 40Forever.
AB





"UNTITLED" (1958)
Yves Klein, um dos artistas mais influentes e conhecido do século 20, praticamente reinventou a arte contemporânea na década de 50 por seu fascínio com o imaterial.
Um apaixonado pelo céu e seus tons, criou seu próprio pigmento azul (chamado de “Klein Blue”).
Klein abriu o caminho para os movimentos da arte conceitual, minimalista, e os movimentos performáticos que se seguiram. Ele fez pinturas monocromáticas e esculturas, construiu uma galeria de exposições a partir do nada, utilizandos corpos nus como pincéis para aplicar tinta ao papel, deixando o vento e a chuva darem forma em  suas telas.
Suas obras fazem parte de acervos permanentes de importantes museus ao redor do mundo, estando presente também em renomadas coleções particulares.
Nascido em Nice na França, em 28 de abril de 1928, o pintor e escultor francês Yves Klein morreu em Paris em 06 de junho de 1962.
Vamos dar uma olhada em suas pinturas e esculturas, “monocromáticos Klein Blue”!
AC


"GREAT BLUE CANNIBALISM" (1960)


"ANTHROPOMETRY PRINCESS HELENA" (1960)

Yves Klein e uma modelo durante performance de “Anthropometry of the Blue Epoch”
Ele era conhecido por usar modelos como “pincéis” para suas telas.


"PEOPLE BEGIN TO FLY" (1961)


"UNTITLED ANTHROPOMETRY" (1961)


"THE WAVE" (1959)


"DYING" (1961)


"THE VENUS OF ALEXANDRIA" (1962)


"BLUE" (1960)


"TREE, LARGE BLUE SPONGE" (1962)


"ANTHROPOMETRY" (1960)


"BLUE AGREEMENT" (1962)

YVES KLEIN

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Dica de beleza e saúde

Quem nunca ouviu falar de Bepantol? É um produto intensamente hidratante e regenerador, com vitaminas essenciais à pele. Quem já amamentou, quem já fez uma tatuagem e quem já se queimou com o sol ou no fogão certamente já usou. É utilizado também para assaduras de bebês. As apresentações tradicionais são estas, em solução ou pomada.
O fabricante lançou uma versão do produto com textura mais leve, Bepantol Derma, indicado para uso em cuidados pessoais e de beleza. A solução é indicada para cabelos ressecados e danificados, mas ainda não testei. Uso o creme para hidratar os lábios, sozinho ou sob o batom. Não tem cheiro ou sabor e proporciona extremo e duradouro conforto. Além disso, é barato (custa cerca de R$ 15,00) e pode ser encontrado facilmente nas boas farmácias. Não é merchandising, é dica de quem usa e aprecia. Use pouco, para não ficar com aspecto "melado". Não use para ir ao sol, pois não tem proteção solar.
O fabricante na Suíça oferece outras opções para usos diversos. Para ver, clique aqui. Eles tem, por exemplo, o lipstick, o qual estou bastante curiosa para provar, mas não é vendido no Brasil.
Se alguém for por aqueles lados europeus, pode anotar na agenda para aquela passada básica na farmácia. Se quiser, pode trazer para mim também!
Como sou praticamente uma dependente de hidradante labial, alterno o uso do Bepantol Derma Creme com o Nivea Hydro Care, muito bom também, mais prático de usar e carregar na bolsa. Também é barato, custa em torno de R$ 10,00. Tem fator de proteção solar 10.
Anotaram?
AB

terça-feira, 24 de julho de 2012

Tem gosto para tudo...

Já dizia minha mãe: "mau gosto também é gosto".
No site da Lilian Pacce vi esta notícia chocante pelo mau gosto. Deem uma olhada.
AB

Processo feelings: a “arma da Vuitton”

24.07.2012
Reprodução
A arma "Louis Vuitton" da Machine Guns Vegas. Oi?
A arma "Louis Vuitton" da Machine Guns Vegas. Oi? Tem de tudo por aí: a Machine Guns Vegas, uma fabricante de armas americana, soltou comunicado divulgando sua arma com punho Louis Vuitton. Tudo errado a começar pelo lançamento logo depois do atentado nos EUA, motivo suficiente pra espalhar revolta na rede.
Depois tem o fator legal, já que a Louis Vuitton se pronunciou avisando que não tem nada a ver com a história: “Não fabricamos peças de armas e não toleramos nenhuma forma de alteração de nossas criações”. Vale lembrar que a marca não deixou barato e entrou na justiça contra a Warner Bros por conta de uma falsificação de produto no filme “Se Beber Não Case 2. Vem mais processo por aí.

Dica de passeio em Milão

Esta dica eu vi no programa Lugar Incomum, apresentado por Didi Wagner no canal por assinatura Multishow. Achei bastante atraente por ser uma maneira diferente e luxuosa de conhecer a cidade. É bem turístico, mas quem se importa? Afinal temos o direito de sermos turistas nos momentos que nos convierem.
O ATMosfera oferece a oportunidade de jantar num trem especialmente decorado e preparado para isso, lembrando um bonde antigo, fazendo um trajeto que dura em média duas horas, das 8 às 10 da noite, passando por diversos pontos turísticos e bairros de Milão. Há mesas para quatro ou duas pessoas e exige reserva e pagamento antecipados. Custa 65 euros por pessoa (exceto sexta e sábado quando custa 68 euros por pessoa), independentemente do menu escolhido, que pode ser à base de carne, peixe ou vegetariano.

  

Se alguém já conhece, me diga se vale a pena.
Vamos anotar na agenda!
AB

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Dica de loja bacana em Londres





No clima pré Olimpíadas, vamos dar mais umas dicas boas em Londres!
Frank Smythson Ltd., mais conhecido simplesmente como Smythson, em Bond Street, Londres, é uma marca inglesa de papelaria de luxo, produtos de couros, agendas lindas, que entre uma e outra você corre o risco de levar todas, assim como tudo que lá se vê, perdição total para os loucos por uma papelaria- eu incluída!
A primeira loja foi aberta em 1887 no número 133 de New Bond Street, e atualmente eles estão no número 40 da mesma rua.
Pode-se fazer algumas coisas sob encomenda e o acabamento é único, olhem só:
































Clique aqui para o site!

Nota da AB:
O texto acima foi copiado do site 40Forever.
A loja não vende apenas artigos de papelaria e escritório. Tem também bolsas e acessórios maravilhosos, em linhas feminina e masculina.
No site da marca tem os preços, condizentes com a qualidade dos materiais utilizados.
Vejam esta capa para IPAD 2 em couro, com preço de 325 libras esterlinas. Quase do mesmo preço do IPAD 2 mais barato, 329 libras esterlinas.
Esta pasta para documentos em couro custa 1.200 libras esterlinas.
Grosvenor Collection Document Case
Olha esta bolsa em couro de cabra, preço 595 libras esterlinas, disponível em várias cores.
Chameleon Collection Tote

E aí, gostaram? Artigos bem carinhos, mas não paga para olhar!
AB